Não bastasse a sacola de gols imposta pela minúscula Portuguesa de Desportos em pleno pantanal matogrossense, tivemos que testemunhar a patética fuga do treinador, que não quis dar entrevista após a horrorosa partida.
De lamentável atitude, tiramos algumas constatações:
1. Falou quem, de fato, manda. Alessandro e o beijoqueiro Sheik. Não há dúvidas, Tite está nas mãos dos jogadores – principalmente os veteranos. Gratidão? Talvez. Mas o fato é que essa gratidão pode custar caro ao Corinthians;
2. O estoque de desculpas do outrora sortudo treinador, esgotou-se. O time é um bando em campo, não há padrão de jogo, as peças parecem não se entender;
3. Alexandre Pato, notório pela falta de garra, parece boicotado pelos líderes do grupo. Chegou depois, ganhando mais que todos e prestigiado pela Diretoria e pelo Marketing. Por incrível que pareça, é sua imagem insossa que usam para “promover” o Clube. Não vai decolar com a camisa alvinegra enquanto Tite continuar no comando técnico.
Há quem diga que Tite, com a cabeça inchada após a derrota, tenha pedido o boné nos vestiários de Campo Grande. Os jogadores teriam pedido para que pensasse mais, esfriasse a cabeça. É compreensível. Imaginem a situação com a chegada de um novo treinador, cheio de gás, querendo mostrar serviço e sem nenhum compromisso, sem “dívida de gratidão” com o atual elenco. Treino duplo diário, medalhão no banco, isso eles não querem.
Enquanto isso, a Diretoria banca festa pra inimigo em Itaquera. Algumas fotos postadas nas redes sociais causaram constrangimento a este blogueiro. José Maria Marin estava lá, como que conferindo se a tentativa do ex-presidente corinthiano Andrés Sanchez teria êxito em arrebanhar dirigentes de federações, numa tentativa de cacifar prestígio em sua tentativa de tomar a CBF para si. Nós pagamos isso, corinthiano.
Pagamos também a batucada da Gaviões da Fiel, bando de torcedores profissionais que perderam a representatividade faz tempo. De seu quadro de associados partiu a garrafa d´água que atingiu o bandeirinha no jogo contra a Lusa, para piorar ainda mais a situação.
Quarta-feira pegamos o Bahia em Mogi Mirim. Mais um jogo que mandamos distante de São Paulo por conta de imbecilidade das arquibancadas. Isso é um prato cheio para o anticorinthianismo e coloca o Clube, mais uma vez, como grande prejudicado. Somado a isso, os problemas de elenco e treinador, sem um pio do presidente gago, que vê tudo às mil maravilhas.
Vamos ver até aonde vai isso. Que não seja na 2ª Divisão…