Expressões de novos tempos

Captura de Tela 2016-04-07 às 23.17.59 cópia

Linha 1 Azul

Entusiasmo. É nesse estado de espírito que inicio o dia após algumas horas de sono. O corpo cansado tem sido vencido pelos pensamentos positivos, pela vontade do novo.

A viagem de metrô – do Tucuruvi à estação São Joaquim – tem servido como um exercício de observação do ser humano. Fica claro, por enquanto, que encerro as jornadas bastante curioso com cada expressão facial colhida naquele espaço público.

Há alguns meses diminuí a carga de trabalho diário por conta da saída de um dos meus dois empregos. A sensação é boa: mais horas de sono e um tempo maior para investir em mim. Aperfeiçoar o segundo idioma e a aposta em nova etapa acadêmica têm me dado um enorme bem estar.

Voltar a fotografar também faz parte dessa nova jornada, apesar de não vislumbrar a Fotografia com viés comercial (não num primeiro momento). Penso em produzir algo autoral, através da observação, do estudo. E observar o mundo ao meu redor faz parte dessa busca por uma (nova?) identidade de expressão artística. As palavras, sinceramente, me fogem. Anseio pela volta da vontade de escrever. Por enquanto, deixo apenas esse pequeno relato de uma nova fase. Sigamos em frente.

 

Deixe um comentário

Arquivado em circunstanciALL

Manda quem pode

Não bastasse a sacola de gols imposta pela minúscula Portuguesa de Desportos em pleno pantanal matogrossense, tivemos que testemunhar a patética fuga do treinador, que não quis dar entrevista após a horrorosa partida.

De lamentável atitude, tiramos algumas constatações:

1. Falou quem, de fato, manda. Alessandro e o beijoqueiro Sheik. Não há dúvidas, Tite está nas mãos dos jogadores – principalmente os veteranos. Gratidão? Talvez. Mas o fato é que essa gratidão pode custar caro ao Corinthians;

2. O estoque de desculpas do outrora sortudo treinador, esgotou-se. O time é um bando em campo, não há padrão de jogo, as peças parecem não se entender;

3. Alexandre Pato, notório pela falta de garra, parece boicotado pelos líderes do grupo. Chegou depois, ganhando mais que todos e prestigiado pela Diretoria e pelo Marketing. Por incrível que pareça, é sua imagem insossa que usam para “promover” o Clube. Não vai decolar com a camisa alvinegra enquanto Tite continuar no comando técnico.

Há quem diga que Tite, com a cabeça inchada após a derrota, tenha pedido o boné nos vestiários de Campo Grande. Os jogadores teriam pedido para que pensasse mais, esfriasse a cabeça. É compreensível. Imaginem a situação com a chegada de um novo treinador, cheio de gás, querendo mostrar serviço e sem nenhum compromisso, sem “dívida de gratidão” com o atual elenco. Treino duplo diário, medalhão no banco, isso eles não querem.

Enquanto isso, a Diretoria banca festa pra inimigo em Itaquera. Algumas fotos postadas nas redes sociais causaram constrangimento a este blogueiro. José Maria Marin estava lá, como que conferindo se a tentativa do ex-presidente corinthiano Andrés Sanchez teria êxito em arrebanhar dirigentes de federações, numa tentativa de cacifar prestígio em sua tentativa de tomar a CBF para si. Nós pagamos isso, corinthiano.

Pagamos também a batucada da Gaviões da Fiel, bando de torcedores profissionais que perderam a representatividade faz tempo. De seu quadro de associados partiu a garrafa d´água que atingiu o bandeirinha no jogo contra a Lusa, para piorar ainda mais a situação.

Quarta-feira pegamos o Bahia em Mogi Mirim. Mais um jogo que mandamos distante de São Paulo por conta de imbecilidade das arquibancadas. Isso é um prato cheio para o anticorinthianismo e coloca o Clube, mais uma vez, como grande prejudicado. Somado a isso, os problemas de elenco e treinador, sem um pio do presidente gago, que vê tudo às mil maravilhas.

Vamos ver até aonde vai isso. Que não seja na 2ª Divisão…

1 comentário

Arquivado em circunstanciALL

Malu e a estrela d’alva

Fenômento visto da Zona Leste de S.Paulo (Foto: Cauê Fabiano/G1)

Fenômento visto da Zona Leste de São Paulo (Foto: Cauê Fabiano/G1)

Avistamos o fenômeno quando voltávamos do Habibs, aonde fomos comprar um potão de sorvete – doce ao qual Malu nunca deu bola, mas que tomou gosto e que, se deixar, é capaz de comer duas canecas cheias do tipo napolitano. Ela viu primeiro que eu e achou graça. Claro, era uma novidade pra ela.

– Papai, olha que engraçado. Mas por que aquela estrela do lado da Lua? Por que só tem um pedaço da Lua ali?

Eu me embaralhei todo pra tentar explicar. Mandei uma justificativa qualquer – a primeira que veio à cabeça. Sabe como é, né? Pai tem que saber tudo…rs

– Aquela é a Lua minguante crescente e aquela estrela ao lado dela é a estrela d’alva.

Ela riu do nome – e quis saber porque ela se chamava assim.

– É que fizeram uma homenagem a uma senhora que se chamava Dalva – inventei. Eu quase acertei:

globo.com: Fenômeno astronômico permite ver planeta Vênus próximo da Lua. Imagens mostram planeta e Lua Crescente no Brasil e na Jordânia.
Vênus também é conhecido como estrela d’Alva.

Chegando em casa, fui dar uma conferida no pai-dos-burros (Google) e li nos principais portais sobre o raro fenômeno. Fiquei gratificado por ter presenciado esse momento da Natureza ao lado de minha pequena. O engraçado é que se não tivéssemos saído à rua para uma banal tarefa, só teríamos visto o ocorrido pelos “milhões” de posts dos amigos no Facebook. Não teria a menor graça.

No dia seguinte, fiz questão de corrigir a informação sobre a dona Dalva com a Malu:

– Filha, aquela “estrela” ao lado da Lua não é uma estrela. É o planeta Vênus e o que vimos ontem vai demorar muitos anos pra acontecer de novo.

Malu parece não ter dado muita bola pra isso. Terminou de calçar o tênis e subiu na perua da escola. Eu fiquei ali, orgulhoso, meio patético, por ter vivenciado esse momento raro com ela.

Deixe um comentário

Arquivado em circunstanciALL

Retorno

return to sender

Antes de esboçar qualquer movimento de retomada do blogue, é preciso tratar dessa longa ausência deste espaço. Mas serei breve.

Amigos, foram dois anos que se arrastaram, com o trabalho e os estudos tomando meu tempo quase que integralmente. E é preciso dizer, também, que a necessidade de escolher caminhos nos leva a um dilema: alguma coisa sempre deve ser deixada pra trás. E assim se deu.

O que vem daqui pra frente eu não tenho controle, não consigo prospectar. A novidade assusta, mas dá ânimo também.

De positivo, deixo pra trás a perigosa “zona de conforto”, coisa abominável que nos traz preguiça, falta de metas, conformismo. Desvencilhei-me da mediocridade e seguirei em busca contínua de conhecimento, de vida.

O blogue seguirá com minhas visitas circunstanciais. E espero que possamos nos encontrar para um café. Primeiro aqui, depois em qualquer balcão honesto por aí. A interatividade deve servir para nos aproximar, ser ferramenta de auxílio de futuras reuniões. Aqui, deixo meu convite. Vambora?

Deixe um comentário

Arquivado em circunstanciALL

As melhores de todos os tempos. Ou não

Pete Doherty, bad boy de butique.

Pete Doherty, bad boy de butique.

A revista britânica New Musical Express, através de seu site (NME), pioneira no Reino Unido em escalonar singles numa parada – e famosa por “dar uma forcinha” pra bandinhas como Strokes e Libertines a alcançar sucesso no mundo todo, com trabalho digno de uma boa assessoria de imprensa – veio com mais uma dessas bobagens que costuma lançar de época em época, do tipo “melhores de todos os tempos”.

Listas anteriores já concederam, por exemplo, o título de maior single da história à insossa Wonderwall do OASIS (ex melhor banda do Universo). Coisa de dar calafrios.

Desta vez – e até que lancem uma nova bobagem – fizeram uma lista com os 100 melhores videoclipes da história da música. Sobre este assunto, briga com a MTV pra ver quem comete mais heresias.

O vencedor, segundo a NME, foi o finado vida-loka-tô-nem-aí do folk rock Johnny Cash. Mister Cash nunca mostrou arrependimento sobre seus excessos – e o cara era loucão mesmo, hein? Pete Doherty é escoteiro perto do vovozão.

O engraçado dessa histório é que Cash foi eleito com o clipe de uma cover do Nine Inch Nails chamada “Hurt“, com cenas de sua carreira desde a fase do topetão dos anos 1950/60, mesclando imagens atuais, com sua voz cansada e melancólica, cheias de referências do tipo “eu poderia/deveria ter feito diferente”. Se a ideia era fazer uma justa homenagem a tão emblemática figura da música do século XX, escolheram a maneira errada. O clipe é chato, arrastado. Sinceramente, Johnny é maior do que isso, com minhas desculpas pelo clichê.

Neste link, a página com as 100 melhores, segundo o NME. Clica aí, veja e diga o que achou. Sinceramente, fiquei decepcionado por Tonight Tonight dos Smashing Pumpkins, com referências a George Méliès e aos irmãos Lumière, não constar nem entre as 20 do rankink. Em compensação, Everlong do Foo Fighters “representa”, num honroso 6º lugar.

Esperemos a próxima lista, com os novos “melhores de todos os tempos”. A Bilboard não vai deixar isso barato…

2 Comentários

Arquivado em circunstanciALL